quinta-feira, julho 06, 2006

Biojóia vai ganhar certificação para evitar extinção de espécies

Brasília - As sementes da Amazônia são um dos grandes sucessos da produção artesanal brasileira. Nos últimos anos, elas deixaram a floresta para compor colares, brincos, pulseiras, anéis, entre outras peças, que são vendidas em todo o País e no exterior. A beleza delas justifica o sucesso e o crescimento da demanda, a ponto de gerar preocupação com a extinção de espécies da floresta amazônica. Não se sabe ao certo, por exemplo, quantas toneladas por ano de sementes são coletadas. A falta de dados confiáveis sobre esse insumo tão especial e a inexistência de marco regulatório para o uso econômico das matérias-primas no País apontam a necessidade da criação de políticas públicas e processo de certificação, a fim de garantir a sustentabilidade do artesanato feito de sementes e dos produtos florestais não-madeireiros.

A preocupação com as comunidades coletoras, com o manejo da floresta e a correta comercialização dos produtos levaram o Sebrae Nacional a criar o Grupo de Trabalho de Certificação de Sementes e Produtos Artesanais, em março deste ano. "Se não houver manejo adequado em ambiente controlado, há risco de extinção de algumas espécies. A capacidade regenerativa da floresta pode estar comprometida", afirma Jorge Rincón, coordenador do grupo de trabalho que até o momento é composto por representantes do Sebrae no Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, da Embrapa, da Universidade Federal Rural do Amazonas (UFRA), do Museu Goeldi, do Museu S.J. Liberto, da Secretaria Executiva de Trabalho e Promoção Social do Pará (Seteps), IBGE e do Centro de Educação Tecnológico e de Negócios de Rondônia (Cetene).

Os integrantes do grupo de trabalho já se reuniram duas vezes, no Rio de Janeiro, em novembro de 2005, e em Belém, em março deste ano. O Sebrae está articulando mais parceiros, que atuam na frente ambiental, para participar da iniciativa. A intenção é que as conclusões do grupo possam indicar caminhos para a elaboração e implementação de políticas públicas e certificação de sementes e produtos florestais não-madeireiros em todo o País.

Só para se ter uma idéia, atualmente o Museu Goeldi estuda 486 qualidades de sementes, mas a região amazônica deve ter cerca de 170 mil variedades de plantas. A semente de jarina, conhecida como o marfim-vegetal é a preferida do mercado, demora quatro anos para germinar. Há três anos, uma garrafa de um litro cheia de jarina custava R$ 1 nas ruas de Belém. Hoje, uma semente está sendo vendida a R$ 20. "O problema das sementes é que elas saem da Amazônia com commodity e voltam com alto valor agregado como remédio, cosmético ou outro produto", explica Rincón.

Alguns grupos de artesãos da região recebem capacitação sobre tratamento de imunização de sementes, baseado em pesquisa da Universidade de Brasília (UnB). Até junho, o grupo de trabalho deve editar manuais de coleta, tratamento de sementes para artesanato. Eles serão distribuídos para artesãos e coletores. Dados sobre o volume de sementes, que estão saindo da Amazônia, também já deverão estar levantados até junho, segundo previsão de Rincón.

Exemplo acreano

A proposta de criação do grupo de trabalho surgiu na reunião de coordenadores de artesanato do Sistema Sebrae, ocorrida em novembro do ano passado, no Rio de Janeiro. A sugestão veio do coordenador do programa de artesanato da unidade do Sebrae no Acre, Aldemar Maciel. Esse Estado é o único da Federação que possui norma, que regulamenta o uso econômico dos produtos florestais não-madeireiros, entre eles, as sementes. "O Sebrae está aproximando os coletores dos artesãos, fazendo uma espécie de contratualização entre eles", esclarece Aldemar. O Acre está sendo referência para o grupo de trabalho.

A portaria interinstitucional 001/2004 baixada em agosto de 2004, foi editada pelo Ibama/AC e Instituto do Meio Ambiente do Acre (Imac), órgão estadual ambiental. O instrumento estabelece o prazo de três anos para que os coletores, que trabalham com fins econômicos, adotem o plano de manejo simplificado, se cadastrem no Ibama/AC e Imac e se adequem às regras do transporte do material.

"O objetivo da portaria não é restringir a coleta, mas regulamentá-la, visando à adoção de boas práticas para garantir a sustentabilidade da matéria-prima", explica Aldemar. O fato das sementes amazônicas chegarem ao mercado ’in natura’, sem valor agregado, não gera renda para população ribeirinha, geralmente responsável pela coleta, segundo ele. "Essas matérias-primas são de floresta nativa. A coleta incorreta não deixa sementes no solo para a regeneração do bioma, causando prejuízo ambiental e não contribuindo para o desenvolvimento sustentável da região", ressalta Aldemar.

O técnico alerta que se medidas corretivas não forem tomadas, o desequilíbrio na oferta de matéria-prima da região amazônica para os artesãos vai invibializar a consolidação de muitos negócios, com foco na sustentabilidade. Segundo estimativas do Sebrae no Acre, cerca de 70 toneladas por ano de sementes saem do Estado para o mercado interno e externo. Aproximadamente 4 mil famílias trabalham na coleta de jarina, açaí e paxiubão. A maior ocorrência da jarina é no Acre, responsável por 90% das sementes que estão nas biojóias, que encantam consumidores do Brasil e do mundo.

As unidades do Sebrae no Acre e no Pará montaram Grupos de Trabalho de Certificação de Sementes e Produtos Florestais Não-Madeireiros, que estão atuando nos estados. A Rede de Sementes da Amazônia integra o Grupo de Trabalho do Pará. Ela foi criada em setembro de 2001 e congrega várias instituições e órgãos estaduais ambientais da região.

O Estado do Acre será o primeiro a certificar a produção artesanal, em novembro próximo. A Associação Certificação Socioparticipativa da Amazônia (ACS), criada em 2004, será responsável pelos certificados, que comprovarão o processo produtivo sustentável de artesanato e dos produtos florestais não-madeireiros no Acre. A associação é formada por profissionais multidisciplinares de vários órgãos e instituições governamentais, universidades e organizações não-governamentais, das áreas ambiental e trabalhista.


Fonte: QueroArte - Artesanato com a cara do BRASIL
Patrocínio:
QueroArte
Click & Compre
Projeto Anjos do Senhor
BIST Company
Quero Host
Artesanato Brasil 0001

terça-feira, julho 04, 2006

IV Fenneart 2006 - Artesanato em Pernambuco


A Feira, que acontece de 04 a 13 de julho, é uma realização do Governo do Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo e da Agência de Negócios de Pernambuco (AD/Diper), em parceria com o Recife Convention & Visitors Bureau. Durante os dez dias do evento, que será montado no pavilhão de feiras do Centro de Convenções, Pernambuco vai se transformar, pela quarta vez, na capital brasileira do artesanato.


O sucesso do evento, que cresce a cada ano e ganha projeção nacional, faz com que os organizadores ampliem o espaço dedicado à comercialização de produtos e oferecimento de serviços. Este ano o número de estandes foi acrescido em mais 34. Dos 375 instalados em 2002, o volume total passou para 409, que estarão ocupando uma área de 23 mil metros quadrados. Com mais produtos sendo ofertados, a expectativa é de crescimento do público que irá prestigiar o evento. No ano passado foram 150 mil visitantes.


A Fenneart já é uma referência nacional e o Estado de Pernambuco se destaca pela iniciativa, atraindo benefícios diretos e indiretos para uma população superior a 50 mil pessoas envolvidas com o segmento do artesanato no País. A grandiosidade dos números também se reflete na movimentação econômica proporcionada pela Feira. O dinheiro que circulou no ano passado, resultado da venda direta dos artesãos para os visitantes e de contratos firmados nas rodadas de negócios, chegou a R$ 12 milhões.


A Fenneart é parte integrante do Programa de Valorização do Artesanato Pernambucano, desenvolvido pelo Governo do Estado, que prevê entre outras ações a capacitação e reciclagem dos profissionais do artesanato local, a realização de feiras e seminários e a criação de centros de referência para exposição e comercialização da produção de Pernambuco. O primeiro deles foi inaugurado em fevereiro deste ano, na cidade de Bezerros (99 Km do Recife).



Como nas três versões anteriores, a Fenneart apresentará o amplo e rico universo da diversidade cultural, reunindo, em um único espaço, os melhores artesãos do país e uma pequena mostra do que é produzido no mundo. Já confirmaram presença artesãos do Marrocos, Peru, Rússia, Argentina, Espanha, Cuba, Quênia, Índia, Bolívia e Uruguai. Além desses também participam da Feira fornecedores de insumos e matérias-primas, empresas e profissionais interessados no setor.


A programação paralela ao evento inclui: o Salão de Arte Popular – onde estarão expostas as 50 melhores peças da Fenneart selecionadas por uma comissão especialmente criada para esse fim; as oficinas técnicas e lúdicas – que serão realizadas durante todos os dias da Feira a partir de dois temas: técnica do fuxico e cerâmica; as Rodadas de Negócios - possibilita contato direto entre ofertantes e demandantes de produtos e serviços, com agendamento prévio e em local reservado; e Salão Interferência – espaço inovador que busca inserir o artesanato em ambientes requintados, primando pela conquista de novos mercados.


A realização do evento se justifica pela diversidade, tradição cultural e importância da produção artesanal brasileira. O setor é responsável pela geração de trabalho e renda para mais de oito milhões de brasileiros. Sendo ainda fator determinante para evitar o êxodo rural e garantir a permanência do cidadão no seu local de origem. Uma vez que o trabalho artístico promove a sobrevivência de um número significativo de artesãos. Só em Pernambuco são mais de 20 mil artesãos diretos. Sem contar com a agregação familiar bastante peculiar a esta atividade econômica.


Segundo dados do IBGE e do Ministério de Desenvolvimento Industrial e Comércio Exterior cerca de 8,5 milhões de brasileiros – 87% dos quais mulheres – vivem hoje do artesanato e movimentam por ano, quase R$ 3 bilhões. Um estudo da Organização Mundial de Turismo divulgado em 2000, também indica que enquanto a indústria automobilística nacional precisa de R$ 170 mil para gerar um emprego, apenas R$ 50 garantem matéria-prima e trabalho para um artesão.


Fonte: QueroArte - Artesanato com a cara do BRASIL
Patrocinio:
QueroArte Brasil
QueroArte Internacional
Click & Compre
Projeto Anjos do Senhor
Bist Company
Hot & Customs
Artesanato Brasil 0001
Artesanato Brasil 0002
Artesanato Brasil 0003
Artesanato Brasil 0004
Artesanato Brasil 0005
Artesanato Brasil 0006
Artesanato Brasil 0007
Artesanato Brasil 0008
Artesanato Brasil 0009
Artesanato Brasil 0010
Quero Host

Grupo artesanal 'Mãos que Criam', no DF, recebe visita de ministro

Brasília - No último dia 29, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende, visitou o grupo artesanal ’Mãos que Criam’, formado por 270 costureiras e artesãs da Via Estrutural, em Brasília, que trabalham produzindo artesanato como peças em biscuit, suporte de juta e de jornal para plantas, panos de prato bordados, bolsas de garrafas plásticas e arranjos florais de borracha.

O grupo ’Mãos que Criam’ existe há três anos e é um dos beneficiários de uma parceria entre o Sebrae no Distrito Federal e Secretaria de Inclusão Social do MCT. No início eram apenas 25 mulheres. A idéia foi se desenvolvendo na comunidade que, por ser muito carente, via nas oficinas a chance de ter uma fonte de trabalho e renda dentro da própria localidade em que vivem.

A partir do apoio proporcionado pelo Projeto de Empreendedorismo Social do Sebrae no DF, as artesãs da Estrutural participaram de cursos de capacitação, gestão, comercialização, de incentivo ao associativismo, receberam consultorias em design para desenvolvimento de produto com identidade local e apoio para inserção no mercado por meio da participação em feiras.

Atualmente, o grupo é formado por 270 mulheres que vivem da sua arte. “Essa visita representa o reconhecimento do nosso trabalho”, disse a presidente do grupo, Sônia Maria Mendes. “Queremos mostrar que temos crescido e nos desenvolvido com o apoio dado”, declara a artesã.

Na ocasião da visita o ministro conheceu o resultado do convênio firmado entre o Sebrae no Distrito Federal e o Ministério da C&T, pela Secretaria de Inclusão Social, que leva ciência e tecnologia para incrementar a capacidade competitiva da produção artesanal, atendendo 25 grupos artesanais da Capital do País.

Para abrir mercados, os núcleos artesanais do DF participam de quatro grandes feiras por ano para divulgação do trabalho. A última participação foi no Rio Fashion Bussiness, evento paralelo ao Rio Fashion Week, que aconteceu em junho, na capital fluminense. A renovação constante de tendências, o lançamento de coleções e a inserção do artesanato na moda, permite que todas as artesãs tenham o seu lugar no mercado.

Assim, o ’Mãos que Criam’ receberá, entre os dias 10 e 13 de julho, uma consultoria exclusiva de um designer para preparar o grupo para a conquista de novos mercados, confeccionando peças de ambientação de interiores que serão expostas em São Paulo, no mês de agosto.

O crescimento e o desenvolvimento das artesãs da Estrutural depõem a favor do convênio que concretiza as metas do Ministério de C&T de apoiar programas de difusão e popularização da ciência, de transferência de conhecimento para o desenvolvimento social e de inclusão social, metas comuns ao objetivo do Sebrae de criar ambientes favoráveis para ampliação e sustentabilidade dos pequenos negócios.

Satisfeito com os resultados apresentados, o ministro garantiu a renovação da parceria que terminaria em dezembro deste ano. “Vamos continuar apoiando o convênio no próximo ano, fortalecendo os grupos já existentes e apoiando a criação de novos”, garantiu Resende.

Um grande ganho para população de baixa renda do Distrito Federal, que tem a oportunidade de transformar habilidade em empreendedorismo, fonte de trabalho e renda, significando uma ação concreta de inclusão social.


Fonte: QueroArte - Artesanato com a cara do BRASIL
Patrocinio:
QueroArte Brasil
QueroArte Internacional
Click & Compre
Projeto Anjos do Senhor
Bist Company
Hot & Customs
Artesanato Brasil 0001
Artesanato Brasil 0002
Artesanato Brasil 0003
Artesanato Brasil 0004
Artesanato Brasil 0005
Artesanato Brasil 0006
Artesanato Brasil 0007
Artesanato Brasil 0008
Artesanato Brasil 0009
Artesanato Brasil 0010
Quero Host

domingo, julho 02, 2006


Para incentivar o desenvolvimento do artesanato local do município de Jardim (MS), aliando cultura, promoção do interesse dos turistas na aquisição de produtos artesanais, com geração de renda para os artesãos, foi criado o Programa de Artesanato em Osso.


osso1O programa nasceu integrado com setores ligados às principais atividades econômicas do município, como o turismo e pecuária. Após um levantamento de informações sobre a produção no setor artesanal, o programa identificou o osso como matéria-prima farta e de fácil aquisição na região, já que a base da economia de Jardim é a pecuária.


osso3A Prefeitura Municipal garantiu o maquinário utilizado e mantém espaço físico para funcionamento de uma oficina de trabalho.
O artesanato em osso é único, diferente e ecologicamente correto. É feito de matéria-prima que vem do aproveitamento de material que antes era descartado nos matadouros ou queimado.


A iniciativa fomenta, ainda, o desenvolvimento e aplicação de tecnologias no segmento artesanal como fator de competitividade, possibilitando aos artesãos locais experimentarem a inovação no processamento e no design de seus produtos a partir de materiais que traduzem a cultura jardinense, como o osso, a madeira e o couro.


Fonte: QueroArte - Artesanato com a cara do BRASIL
Patrocínio:
QueroArte
Click & Compre
Projeto Anjos do Senhor
BIST Company
Quero Host